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As causas de cervicalgia e lombalgia

Neste artigo vamos falar sobre as causas de cervicalgia e lombalgia e ainda como podemos ajudar neste problema tão comum.

Ora, as dores localizadas na coluna vertebral são as causas mais comuns de ida ao médico de família. A cervical e a lombar, encontram-se entre as principais regiões afetadas, sendo também as dores que mais condicionam a mobilidade e as atividades de vida diárias.

Estudos demonstram que a lombalgia, ou seja, dor na coluna lombar – é a mais frequente, afetando 80% da população pelo menos uma vez na vida. Sendo que, as cervicalgias, ou seja, dor na coluna cervical – afetam entre 18 a 41% da população.

Dentro da percentagem de população afetada, verificamos que uma elevada percentagem das pessoas que ostentam uma destas duas patologias, apresentaram incapacidade temporária para o trabalho.

O que pode causar uma cervicalgia e uma lombalgia?

A maior parte das raquialgias, ou seja, dores na coluna são agudas e de natureza mecânica. Estas podem melhorar significativamente em cerca de 70% dos casos ao fim de poucas semanas. No entanto, cerca de 5% de todas as raquialgias transformam-se em dor crónica.

A dor crónica é uma dor que persiste para além do tempo normal de cicatrização. Aliás, habitualmente estabelece-se o diagnóstico de dor crónica quando tem a duração superior a 3 meses.

Quanto à sua causa, as raquialgias podem ser classificadas em mecânicas e sistémicas. As dores de origem mecânica englobam 97% dos casos, pelo que se designam habitualmente por comuns. Dor mecânica implica que esta ocorra como consequência de uma anomalia estrutural, trauma ou sobre uso. Da mesma forma que poderá ser por degenerescência de uma estrutura anatómica normal sem componente inflamatório considerável. Ai consideram-se as dores discogénicas, estenose do canal e ainda as lesões musculoligamentares. Devendo também ser referido que este tipo de dor pode ser oriundo de fraqueza ou desequilíbrio muscular.

As raquialgias de origem sistémica contribuem apenas com 3% dos casos. Estas dores, por norma, devem-se a fenómenos que se originam distantes da coluna, quer sejam eles neoplásicos, infeciosos, inflamatórios ou mesmo viscerais.

Qual a diferença da dor de origem mecânica e dor de origem sistémica?

Por um lado, as raquialgias com origem mecânica, normalmente agravam com o movimento e aliviam com o repouso. Além disso, também aliviam em determinadas posições antiálgicas adotadas pelo utente.

Frequentemente apresentam também rigidez matinal de curta duração e dor irradiada para um dos membros. A dor com princípio num processo inflamatório, por norma alivia com o movimento e com a medicação. Por conseguinte, é comum apresentar dor durante a noite em repouso.

Por sua vez, quando se trata de dor com origem sistémica por norma esta é intensa, altamente incapacitante e habitualmente encontra-se associada a outra patologia.

De que modo podemos intervir?

A nossa experiência profissional, corroborada por estudos, revela que a fisioterapia e a ozonoterapia apresentam elevada eficácia na resolução das raquialgias com características mecânica e inflamatória.

Nas lombalgias e cervicalgias de origem mecânica e inflamatória, temos como principal objectivo a identificação da causa da dor e consequentemente a sua resolução. Seja ela muscular, ligamentar ou articular. Para tal temos um conjunto de testes que nos permitem identificar a origem do problema, podendo também conciliar esses testes com a observação directa de movimentos específicos.

A alteração do padrão de movimento e a presença de posturas antiálgicas de protecção, podem indicar-nos qual a estrutura lesada que está a provocar a dor. No que concerne à intervenção na fisioterapia, aqui temos um conjunto de técnicas manuais, assim como, a eletroterapia que nos permitem intervir com eficácia.

Entre as técnicas manuais encontramos a massagem de relaxamento, massagem terapêutica, manipulação articular e reforço muscular específico – recorrendo frequentemente a exercícios oriundos do Pilates Clínico, por exemplo. Além disso, no que se refere à eletroterapia, temos o TENS (sigla inglesa que significa electroestimulação nervosa transcutânea) e por fim, o ultrassom como correntes mais usuais no tratamento destes casos.

Em suma, na PhysioCorpus temos associado ao tratamento das raquialgias o uso da terapia TECAR (acrónimo em inglês que significa transferência de energia Capacitativa e Resistida). Ora, o uso desta estratégia terapêutica resulta da clara evidência na nossa prática clínica. Isto demonstra a sua eficiência no tratamento destes quadros álgicos, permitindo assim uma rápida resolução da dor, necessitando de menos sessões para obter resultados.