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Surdez Súbita e Oxigenoterapia Hiperbárica

Surdez Súbita, o que é?

A surdez súbita neuro sensorial é uma das causas de perda auditiva, onde a perda aguda da audição não tem uma causa identificável. Sendo maioritariamente unilateral, desenvolve-se normalmente num período inferior a 72 horas. Desenvolve-se no ouvido interno e na maior parte dos casos não se conhece a causa (idiopática), sendo que o prognóstico depende da gravidade da perda auditiva inicial. Os zumbidos afetam 80% dos casos, enquanto as tonturas ocorrem em 30% dos casos.

Inicialmente, os clientes devem ser avaliados pela Otorrinolaringologia, que excluirá as causas mais comuns de perda de audição. Se houver suspeita de SSNS (surdez súbita neuro sensorial), o cliente será encaminhado para exames complementares e tratamentos adequados.

Os tratamentos dependem da idade do indivíduo, da gravidade dos sintomas, e das comorbidades. De acordo com estudos recentes, aproximadamente dois terços dos doentes com SSNS vão apresentar melhoria, apesar de esta recuperação nem sempre ser completa. Idade inferior a 60 anos e sintomas moderados têm uma melhor expectativa de recuperação.

Deve-se iniciar o tratamento o mais rapidamente possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Os corticóides são o tratamento de primeira linha; no entanto, recomenda-se também a oxigenoterapia hiperbárica (OTH) como tratamento primário.

Oxigenoterapia Hiperbárica associada no tratamento

A oxigenoterapia hiperbárica realiza-se através da inalação de oxigénio a 100% numa pressão ambiente superior à pressão atmosférica. Nestas condições, a pressão arterial aumenta e, por consequência, há um aumento da quantidade de oxigénio dissolvido no plasma e um aumento do transporte de oxigénio para os tecidos assim como a sua redistribuição, tendo efeitos nos tecidos que estão sujeitos a hipóxia (falta de oxigénio). O compromisso vascular e a diminuição do oxigénio da parte auditiva do ouvido interno (a cóclea) são a via final dos mecanismos que levam à perda de audição na SSNS. No entanto, se a doença evoluir por mais de 3 meses, a eficácia da OTH torna-se limitada.

O risco de efeitos adversos é “menor”, sendo o barotrauma (perfuração da membrana do tímpano) o mais frequente. Por isso, ensina-se manobras de despressurização antes de iniciar as sessões. Em média, recomenda-se realizar 10 sessões, 5 dias por semana, com duração mínima de 60 minutos.

A Oxigenoterapia Hiperbárica é um procedimento seguro, com poucos efeitos secundários. Vários estudos demonstram esta eficácia.